Fonte: UOL
Em gravação, Murray diz que não chamou a emergência por "não saber o CEP" de Michael Jackson
Investigador Scott Smith acompanha transcrição da entrevista de médico de Michael Jackson (07/10/2011)
Narrativa completa
Em gravação, Murray diz que não chamou a emergência por "não saber o CEP" de Michael Jackson
Investigador Scott Smith acompanha transcrição da entrevista de médico de Michael Jackson (07/10/2011)
Nesta sexta-feira (7), nono dia de julgamento de Conrad Murray, médico acusado de homicídio culposo de seu paciente Michael Jackson. Durante o testemunho do investigador Scott Smith, da polícia de Los Angeles, uma das evidências mais importantes do caso veio à tona.
A promotoria mostrou um áudio de aproximadamente duas horas, de uma entrevista dada por Conrad Murray ao detetive e ao também policial Orlando Martinez. O depoimento foi gravado dois dias após a morte de Michael Jackson, e narra importantes fatos do dia 25 de junho de 2009. Nele, Murray conta que deu 25mg de Propofol para o cantor, que não ligou antes para a emergência por "não saber o CEP" da casa de Jackson, e que deixou o quarto do artista apenas por dois minutos.
A promotoria mostrou um áudio de aproximadamente duas horas, de uma entrevista dada por Conrad Murray ao detetive e ao também policial Orlando Martinez. O depoimento foi gravado dois dias após a morte de Michael Jackson, e narra importantes fatos do dia 25 de junho de 2009. Nele, Murray conta que deu 25mg de Propofol para o cantor, que não ligou antes para a emergência por "não saber o CEP" da casa de Jackson, e que deixou o quarto do artista apenas por dois minutos.
Narrativa completa
Na narrativa de Conrad Murray durante a entrevista, ele chegou à casa de Michael Jackson por volta de 1h da manhã do dia 25 de junho, data da morte do cantor. Michael teria dito que ele estava "cansado" após o dia de ensaios. Seria a terceira noite em que o artista estava sem Propofol, pois o médico tentava livrá-lo do vício no medicamento.
Durante a madrugada antes da morte de Michael Jackson, Murray tratou o cantor com diversas medicações. Logo depois do "rei do pop" chegar, o médico esfregou a pomada Benoquin em sua pele, para tratar do vitiligo, Valium e Lorazepam (intravenoso) para tentar fazê-lo dormir.
Como Jackson estava com dificuldade para dormir, Murray deu ao cantor uma dose de 2mg de Midazolam, também intravenoso. Com isso, o cantor dormiu cerca de 40 minutos, mas acordou às 4h da manhã (horário local). Desperto, Michael Jackson disse a Murray que precisava dormir, e ganhou mais uma dose de 2mg de Midazolam, que não fez efeito.
Acordado até 10h30, Jackson passou a implorar por "leite" - nome pelo qual o cantor chamava o Propofol, de consistência leitosa - e reclamar que teria que cancelar seus ensaios ou até sua turnê . Segundo seu relato, Murray finalmente deu 25mg de Propofol ao cantor, aproximadamente metade da dose usual. Por volta das 11 horas da manhã, finalmente Michael Jackson dormiu, enquanto Murray o monitorava.
Na declaração aos policiais, Murray alega que saiu para ir no banheiro e ficou ausente por dois minutos, e quando voltou Michael não estava respirando, mas ainda estava com pulso cardíaco. Então, o médico começou a fazer massagem cardíaca e respiração boca a boca. Como não conseguiu tirar o cantor de sua cama, Murray relatou comprimir o tórax de Michael Jackson com uma mão enquanto o segurava com a outra.
Depois de tentar fazer isso por alguns minutos, Murray ligou para o assistente de MJ, mas não pediu para ele chamar a emergência porque estava "muito ocupado fazendo a massagem cardíaca". Depois, o médico contou que desceu correndo e encontrou o chef da casa de Michael, pedindo para ele chamar a segurança - esta sim que ligou para a ambulância.
Conrad Murray ainda se justificou dizendo que não ligou para o resgate pois "não sabia o CEP da casa de Michael Jackson". Ele ainda narrou que já no hospital da Universidade de Los Angeles (UCLA), eles tentaram reanimar Jackson por cerca de uma hora até declararem a morte do cantor - por causas que o médico ainda não entendia. Murray insistiu que estava tentando tirar o artista do vício em Propofol e que outro médico havia dito que ele "amava" o anestésico.
Durante a madrugada antes da morte de Michael Jackson, Murray tratou o cantor com diversas medicações. Logo depois do "rei do pop" chegar, o médico esfregou a pomada Benoquin em sua pele, para tratar do vitiligo, Valium e Lorazepam (intravenoso) para tentar fazê-lo dormir.
Como Jackson estava com dificuldade para dormir, Murray deu ao cantor uma dose de 2mg de Midazolam, também intravenoso. Com isso, o cantor dormiu cerca de 40 minutos, mas acordou às 4h da manhã (horário local). Desperto, Michael Jackson disse a Murray que precisava dormir, e ganhou mais uma dose de 2mg de Midazolam, que não fez efeito.
Acordado até 10h30, Jackson passou a implorar por "leite" - nome pelo qual o cantor chamava o Propofol, de consistência leitosa - e reclamar que teria que cancelar seus ensaios ou até sua turnê . Segundo seu relato, Murray finalmente deu 25mg de Propofol ao cantor, aproximadamente metade da dose usual. Por volta das 11 horas da manhã, finalmente Michael Jackson dormiu, enquanto Murray o monitorava.
Na declaração aos policiais, Murray alega que saiu para ir no banheiro e ficou ausente por dois minutos, e quando voltou Michael não estava respirando, mas ainda estava com pulso cardíaco. Então, o médico começou a fazer massagem cardíaca e respiração boca a boca. Como não conseguiu tirar o cantor de sua cama, Murray relatou comprimir o tórax de Michael Jackson com uma mão enquanto o segurava com a outra.
Depois de tentar fazer isso por alguns minutos, Murray ligou para o assistente de MJ, mas não pediu para ele chamar a emergência porque estava "muito ocupado fazendo a massagem cardíaca". Depois, o médico contou que desceu correndo e encontrou o chef da casa de Michael, pedindo para ele chamar a segurança - esta sim que ligou para a ambulância.
Conrad Murray ainda se justificou dizendo que não ligou para o resgate pois "não sabia o CEP da casa de Michael Jackson". Ele ainda narrou que já no hospital da Universidade de Los Angeles (UCLA), eles tentaram reanimar Jackson por cerca de uma hora até declararem a morte do cantor - por causas que o médico ainda não entendia. Murray insistiu que estava tentando tirar o artista do vício em Propofol e que outro médico havia dito que ele "amava" o anestésico.