...........“Um Conto de Natal.”............
“Um Conto de Natal.”
Diante dos flocos de neve branquinhos que
caia lá fora com uma certa insistência uma crianças presenciava a noite
triste que seguia por detrás de sua janela humilde e quase sem vidros.
O
frio que entrava pelas frestas das paredes era aterrador. O sistema de
aquecimentos estava quebrado. Nas janelas muitas delas sem vidros
continha alguns plásticos que só era uma tentativa inútil de reter a
chuva e o frio que insistia em entrar.
A neve que caia a dias
deixava a visão a sua frente como se fosse um grande algodão doce
branquinho. Muitas vezes se pegou imaginando ela como um doce saboroso a
se provar.
As pontas dos dedos das mãos e dos pés estavam duros
de frio. Eles ardiam no começo, mas com o passar do tempo se acostumava.
Se enrolou mais apertado na manta velha e rasgada e apertou mais o
lenço em seu pescoço.
Os pijamas já gastos e remendados não aqueciam mais. Aquela seria mais uma noite sem vida.
Deu um leve suspiro, se encostou na janela e sentiu uma tristeza a lhe invadir.
Com seu dedo gelado rabiscava e desenhava na janela suada alguns flocos de neve.
Imaginou-se em uma casa aconchegante com uma família feliz mais uma vez.
Pais, irmãos e avós em volto a uma lareira acesa trocando felizes seus presentes embaixo de uma bela árvore de Natal.
Como
seria ter uma família neste dia? Não se lembrava de como seria uma. Só a
sua imaginação corria solta quando via em velhas revistas as fotos de
pessoas envolta a uma árvore de Natal e uma bela mesa.
Mas, estava ali naquele velho orfanato caindo aos pedaços e sem nenhuma esperança.
Todas as crianças que as pessoas bondosas e generosas vieram buscar nesta noite para passar esta data com eles já se tinham ido.
Só ele avia ficado e mais um que se encontrava enfermo na enfermaria com a senhora Berta.
Não
teríamos ceia. Só um pedado de bolo doado pela padaria da esquina. E
presentes! Nem pensar. O dinheiro mal dava para a senhora pagar os
imensos gastos. Pois éramos poucos, e o dinheiro que se era doado ao
nosso pequeno orfanato era quase nada.
Então mais uma vez ele
veria o Natal só de nome. Mas ficou feliz que alguns de seus amigos
poderiam passar em um lar aconchegante pelo menos uma noite.
Assim quem sabe a magia ainda permanecia e seus sofridos corações.
Mas algo ao longe lhe chamou atenção.
Aprofundou a sua visão num ponto de luz mais adiante e ficou observando. O que deveria ser aquilo?
As ruas estavam quase vazias, pois as pessoas estavam a alguns minutos de celebrarem o mais precioso dos momentos.
Reparou que a luz ficava mais forte a cada segundo e limpou a janela embaçada para ver melhor.
Não
demorou muito a reconhecer o velho casal descer do seu carro luxuoso e
entrar. Eles estavam a dias indo e vindo ali para escolher uma das
crianças para adoção. Mas ninguém dizia nada. Imaginaram que eles
desejavam um bebê. Pois era assim que sempre faziam.
Os bebês era a sua maior escolha.
Diziam que as crianças grandes não se adaptavam e davam problemas. Mas acreditava que para quem se era sozinho no mundo.
Um
sorriso, um afeto, um abraço valiam por muitos. Nem sempre o dinheiro é
tudo que falta. O amor é a forma maior de mostrar que se importam.
Ele
continuou vendo os flocos de neve a cair e sem sair do lugar. Mas o
barulho vindo dos fundos do corredor o tirou de volta daquela visão a
sua frente.
O que seria aquilo? Mas se assustou quando a senhora Berta entrou toda sorridente com uns papeis em sua mão na porta do quarto.
Desceu devagar do pequeno banco em que se sentara e notou o velho casal adentrar logo em seguida da senhora.
Não entendia o que eles faziam ali naquela noite e nem naquele momento.
Eles deveriam estar com sua família e entes queridos e não em um orfanato.
Mas
notou que o sorriso mais deslumbrante brotou dos lábios da mulher que o
fitava e viu uma sutil lágrima escorregar nos olhos do homem ao seu
lado.
E compreendeu que um milagre avia sido feito.
Ele teria enfim uma família. Ele teria enfim alguém para abraçar e trocar presentes.
Enfim os flocos de neve que caiam com insistência na sua janela ficariam mais belos e saborosos agora.
Enfim o Natal de verdade.
Correu para os braços daquele velho casal e sorriu como jamais havia sorrido em toda sua vida de sete anos.
Ele
conheceria o tão falado lar. Naquele Natal seus desejos seriam
realizados. Descobriu no caminho a sua nova casa que de todos os pedidos
que sempre fez ao Papai Noel enfim criariam vida.
E o mais simples que todos poderiam dar ele ganharia dali para sempre em qualquer data e hora do dia.
O amor.
Uma coisa tão simples de se dar. Mas tão raro de se conseguir.
Merry Christmas to all.
Kisses in your hearts..............
“Um Conto de Natal.”
Diante dos flocos de neve branquinhos que
caia lá fora com uma certa insistência uma crianças presenciava a noite
triste que seguia por detrás de sua janela humilde e quase sem vidros.
O
frio que entrava pelas frestas das paredes era aterrador. O sistema de
aquecimentos estava quebrado. Nas janelas muitas delas sem vidros
continha alguns plásticos que só era uma tentativa inútil de reter a
chuva e o frio que insistia em entrar.
A neve que caia a dias
deixava a visão a sua frente como se fosse um grande algodão doce
branquinho. Muitas vezes se pegou imaginando ela como um doce saboroso a
se provar.
As pontas dos dedos das mãos e dos pés estavam duros
de frio. Eles ardiam no começo, mas com o passar do tempo se acostumava.
Se enrolou mais apertado na manta velha e rasgada e apertou mais o
lenço em seu pescoço.
Os pijamas já gastos e remendados não aqueciam mais. Aquela seria mais uma noite sem vida.
Deu um leve suspiro, se encostou na janela e sentiu uma tristeza a lhe invadir.
Com seu dedo gelado rabiscava e desenhava na janela suada alguns flocos de neve.
Imaginou-se em uma casa aconchegante com uma família feliz mais uma vez.
Pais, irmãos e avós em volto a uma lareira acesa trocando felizes seus presentes embaixo de uma bela árvore de Natal.
Como
seria ter uma família neste dia? Não se lembrava de como seria uma. Só a
sua imaginação corria solta quando via em velhas revistas as fotos de
pessoas envolta a uma árvore de Natal e uma bela mesa.
Mas, estava ali naquele velho orfanato caindo aos pedaços e sem nenhuma esperança.
Todas as crianças que as pessoas bondosas e generosas vieram buscar nesta noite para passar esta data com eles já se tinham ido.
Só ele avia ficado e mais um que se encontrava enfermo na enfermaria com a senhora Berta.
Não
teríamos ceia. Só um pedado de bolo doado pela padaria da esquina. E
presentes! Nem pensar. O dinheiro mal dava para a senhora pagar os
imensos gastos. Pois éramos poucos, e o dinheiro que se era doado ao
nosso pequeno orfanato era quase nada.
Então mais uma vez ele
veria o Natal só de nome. Mas ficou feliz que alguns de seus amigos
poderiam passar em um lar aconchegante pelo menos uma noite.
Assim quem sabe a magia ainda permanecia e seus sofridos corações.
Mas algo ao longe lhe chamou atenção.
Aprofundou a sua visão num ponto de luz mais adiante e ficou observando. O que deveria ser aquilo?
As ruas estavam quase vazias, pois as pessoas estavam a alguns minutos de celebrarem o mais precioso dos momentos.
Reparou que a luz ficava mais forte a cada segundo e limpou a janela embaçada para ver melhor.
Não
demorou muito a reconhecer o velho casal descer do seu carro luxuoso e
entrar. Eles estavam a dias indo e vindo ali para escolher uma das
crianças para adoção. Mas ninguém dizia nada. Imaginaram que eles
desejavam um bebê. Pois era assim que sempre faziam.
Os bebês era a sua maior escolha.
Diziam que as crianças grandes não se adaptavam e davam problemas. Mas acreditava que para quem se era sozinho no mundo.
Um
sorriso, um afeto, um abraço valiam por muitos. Nem sempre o dinheiro é
tudo que falta. O amor é a forma maior de mostrar que se importam.
Ele
continuou vendo os flocos de neve a cair e sem sair do lugar. Mas o
barulho vindo dos fundos do corredor o tirou de volta daquela visão a
sua frente.
O que seria aquilo? Mas se assustou quando a senhora Berta entrou toda sorridente com uns papeis em sua mão na porta do quarto.
Desceu devagar do pequeno banco em que se sentara e notou o velho casal adentrar logo em seguida da senhora.
Não entendia o que eles faziam ali naquela noite e nem naquele momento.
Eles deveriam estar com sua família e entes queridos e não em um orfanato.
Mas
notou que o sorriso mais deslumbrante brotou dos lábios da mulher que o
fitava e viu uma sutil lágrima escorregar nos olhos do homem ao seu
lado.
E compreendeu que um milagre avia sido feito.
Ele teria enfim uma família. Ele teria enfim alguém para abraçar e trocar presentes.
Enfim os flocos de neve que caiam com insistência na sua janela ficariam mais belos e saborosos agora.
Enfim o Natal de verdade.
Correu para os braços daquele velho casal e sorriu como jamais havia sorrido em toda sua vida de sete anos.
Ele
conheceria o tão falado lar. Naquele Natal seus desejos seriam
realizados. Descobriu no caminho a sua nova casa que de todos os pedidos
que sempre fez ao Papai Noel enfim criariam vida.
E o mais simples que todos poderiam dar ele ganharia dali para sempre em qualquer data e hora do dia.
O amor.
Uma coisa tão simples de se dar. Mas tão raro de se conseguir.
Merry Christmas to all.
Kisses in your hearts..............