Fonte: UOL Música
Sandy encanta (e desencanta) em tributo a Michael Jackson no Rio
Setlist do show:
“Bad”
“Smooth Criminal”
“Rock with You”
“Human Nature”
“Ben”
“Music & Me”
“I'll Be There”
“Blame It to the Boogie”
“The Way You Make Me Feel”
“I Want You Back”
“Man in the Mirror”
“Earth Song”
“Leave Me Alone”
“Billie Jean”
“Thriller”
“Gone Too Soon”
“Don’t Stop Till You Get Enough”
Sandy encanta (e desencanta) em tributo a Michael Jackson no Rio
A cantora Sandy subiu ao palco de um Vivo Rio lotado na noite desta quinta-feira (2) para a apresentação do show “Sandy Canta Michael Jackson” com 25 minutos de atraso (estava marcado para as 21h) e afirmando “I’m Bad”, refrão do hit “Bad”. Logo na primeira música foi possível perceber que a ideia de homenagear o Rei do Pop iria funcionar.
Sandy jogava em casa, para um público formado essencialmente por tietes ao melhor estilo das fãs de Emilinha Borba e Marlene (do tipo que a chamam de “diva” para cima). Entre “Rock with You”, terceira canção do setlist, e “Human Nature”, Sandy arriscou seu primeiro diálogo com o público.
“Estou muito feliz com esse show e muito honrada por ter sido convidada juntamente com Maria Bethânia e Lulu Santos. Eu e minha banda nos divertimos muito com os ensaios e com os arranjos. Michael foi e sempre será um ídolo para mim, e eu quero dividir isso com vocês na noite de hoje. É uma homenagem de fã mesmo. Espero não estar ofendendo a memória do Rei do Pop”, ponderou.
Sandy mostrou-se totalmente à vontade com o repertório à medida que o show – rigorosamente o mesmo das seis apresentações anteriores do espetáculo – ia avançando. Exceção feita a algumas olhadelas em um dos três teleprompters espalhados pelo palco, que sugeriam uma “coladinha” nas letras.
O figurino (sem excessos) fazia menção ao homenageado e era composto basicamente por chapéu, casaquinho brilhante e luva na mão direita. Da mesma forma, a correta cenografia remetia, especialmente, à fase disco do cantor (álbum "Off the Wall") com globos prateados e cortinas em estilo retrô. Eventuais imagens de Jackson eram projetadas no fundo do palco.
Com esse aparato discreto, mas funcional, Sandy arriscou uns gritinhos ao estilo do ídolo em algumas músicas e sugeriu alguns passos de dança consagrados pelo cantor, como o do clássico clipe de “Thriller”. Em determinado momento um fã mais exaltado gritou: “Faz o moonwalk” (referindo-se ao passo de dança backslide, famoso em todo o mundo por causa de Michael Jackson, em que ele parece andar para frente, quando na verdade anda para trás). Sandy, bem-humorada, respondeu educadamente: “De salto, sem chance”, arrancando risos e aplausos da plateia.
Musicalmente, a cantora não vacilou nos falsetes e vocalizes característicos da obra de Michael Jackson. Em alguns poucos momentos, no entanto, a subconsciente alma sertaneja veio à tona e buscou alguns indesejáveis vibratos. Sempre rapidamente repelida. Nada que estragasse a homenagem.
A escolha acertada e sofisticada do repertório, bem como os arranjos assinados pelo marido de Sandy, Lucas Lima, – em boa parte, intimistas e até jazzy apoiados em um baixo acústico, no piano e em uma bateria minimalista – atestaram uma maturidade que credenciam Sandy a voos mais altos em sua carreira.
Ao final de uma hora e 20 minutos de apresentação sobre um repertório requintado, apesar de essencialmente pop, ficou a impressão de uma cantora que, se não tem um vozeirão, é talentosa, afinada e sabe usar muito bem o instrumento que tem. Sem contar sua legião de aficcionados, capaz de impulsionar qualquer novo rumo na carreira.
Entre essas tietes presentes ao Vivo Rio, a publicitária Pamela Badaró, de 23 anos, é uma das que fazem coro para qualquer projeto proposto pela cantora. “A produção do show estava muito boa, assim como os efeitos visuais. As releituras propostas pela Sandy ficaram bem legais. O show funcionou. E a voz dela fica bem em tudo”, disse a fã.
A estudante Fernanda Lisboa, de 19 anos, não era uma voz dissonante na multidão. Fã de Sandy desde os 5 anos de idade, admitiu que o repertório foi o que menos a atraiu. “Eu não conheço bem o trabalho do Michael Jackson. Na verdade reconheci algumas músicas, mas nem sabia que eram dele. Mas gostei das versões, ficaram boas. E a voz dela é muito característica, mesmo cantando músicas de outro artista”, observou.
A turnê de "Sandy Canta Michael Jackson" começou em 19 de novembro do ano passado, em Curitiba, e tem previsão de término para 25 de agosto, em Salvador. Nesse meio tempo, o show passou por São Paulo, Ribeirão Preto, Goiânia, Recife e Belo Horizonte.
Antes da despedida na capital baiana, o espetáculo passa ainda por Brasília, no dia 8, e Porto Alegre, no dia 16 de agosto. A apresentação fez parte da série Circuito Cultural Banco do Brasil, que terá ainda show de Lulu Santos, interpretando músicas de Roberto e Erasmo Carlos, e Maria Bethânia, cantando Chico Buarque.
Sandy jogava em casa, para um público formado essencialmente por tietes ao melhor estilo das fãs de Emilinha Borba e Marlene (do tipo que a chamam de “diva” para cima). Entre “Rock with You”, terceira canção do setlist, e “Human Nature”, Sandy arriscou seu primeiro diálogo com o público.
“Estou muito feliz com esse show e muito honrada por ter sido convidada juntamente com Maria Bethânia e Lulu Santos. Eu e minha banda nos divertimos muito com os ensaios e com os arranjos. Michael foi e sempre será um ídolo para mim, e eu quero dividir isso com vocês na noite de hoje. É uma homenagem de fã mesmo. Espero não estar ofendendo a memória do Rei do Pop”, ponderou.
Sandy mostrou-se totalmente à vontade com o repertório à medida que o show – rigorosamente o mesmo das seis apresentações anteriores do espetáculo – ia avançando. Exceção feita a algumas olhadelas em um dos três teleprompters espalhados pelo palco, que sugeriam uma “coladinha” nas letras.
O figurino (sem excessos) fazia menção ao homenageado e era composto basicamente por chapéu, casaquinho brilhante e luva na mão direita. Da mesma forma, a correta cenografia remetia, especialmente, à fase disco do cantor (álbum "Off the Wall") com globos prateados e cortinas em estilo retrô. Eventuais imagens de Jackson eram projetadas no fundo do palco.
Com esse aparato discreto, mas funcional, Sandy arriscou uns gritinhos ao estilo do ídolo em algumas músicas e sugeriu alguns passos de dança consagrados pelo cantor, como o do clássico clipe de “Thriller”. Em determinado momento um fã mais exaltado gritou: “Faz o moonwalk” (referindo-se ao passo de dança backslide, famoso em todo o mundo por causa de Michael Jackson, em que ele parece andar para frente, quando na verdade anda para trás). Sandy, bem-humorada, respondeu educadamente: “De salto, sem chance”, arrancando risos e aplausos da plateia.
Musicalmente, a cantora não vacilou nos falsetes e vocalizes característicos da obra de Michael Jackson. Em alguns poucos momentos, no entanto, a subconsciente alma sertaneja veio à tona e buscou alguns indesejáveis vibratos. Sempre rapidamente repelida. Nada que estragasse a homenagem.
A escolha acertada e sofisticada do repertório, bem como os arranjos assinados pelo marido de Sandy, Lucas Lima, – em boa parte, intimistas e até jazzy apoiados em um baixo acústico, no piano e em uma bateria minimalista – atestaram uma maturidade que credenciam Sandy a voos mais altos em sua carreira.
Ao final de uma hora e 20 minutos de apresentação sobre um repertório requintado, apesar de essencialmente pop, ficou a impressão de uma cantora que, se não tem um vozeirão, é talentosa, afinada e sabe usar muito bem o instrumento que tem. Sem contar sua legião de aficcionados, capaz de impulsionar qualquer novo rumo na carreira.
Entre essas tietes presentes ao Vivo Rio, a publicitária Pamela Badaró, de 23 anos, é uma das que fazem coro para qualquer projeto proposto pela cantora. “A produção do show estava muito boa, assim como os efeitos visuais. As releituras propostas pela Sandy ficaram bem legais. O show funcionou. E a voz dela fica bem em tudo”, disse a fã.
A estudante Fernanda Lisboa, de 19 anos, não era uma voz dissonante na multidão. Fã de Sandy desde os 5 anos de idade, admitiu que o repertório foi o que menos a atraiu. “Eu não conheço bem o trabalho do Michael Jackson. Na verdade reconheci algumas músicas, mas nem sabia que eram dele. Mas gostei das versões, ficaram boas. E a voz dela é muito característica, mesmo cantando músicas de outro artista”, observou.
A turnê de "Sandy Canta Michael Jackson" começou em 19 de novembro do ano passado, em Curitiba, e tem previsão de término para 25 de agosto, em Salvador. Nesse meio tempo, o show passou por São Paulo, Ribeirão Preto, Goiânia, Recife e Belo Horizonte.
Antes da despedida na capital baiana, o espetáculo passa ainda por Brasília, no dia 8, e Porto Alegre, no dia 16 de agosto. A apresentação fez parte da série Circuito Cultural Banco do Brasil, que terá ainda show de Lulu Santos, interpretando músicas de Roberto e Erasmo Carlos, e Maria Bethânia, cantando Chico Buarque.
Setlist do show:
“Bad”
“Smooth Criminal”
“Rock with You”
“Human Nature”
“Ben”
“Music & Me”
“I'll Be There”
“Blame It to the Boogie”
“The Way You Make Me Feel”
“I Want You Back”
“Man in the Mirror”
“Earth Song”
“Leave Me Alone”
“Billie Jean”
“Thriller”
“Gone Too Soon”
“Don’t Stop Till You Get Enough”