LOS ANGELES — Ex-pacientes de Conrad Murray, o médico de Michael Jackson acusado de homicídio culposo da estrela pop, disseram nesta quarta-feira no tribunal que o médico "não é ganancioso", depois de a defesa alegar que ele cometeu "negligências graves" motivado por seu gordo salário.
Gerry Causey, que se definiu como "melhor amigo e paciente" de Murray, disse que o médico "oferece seu tempo, deixa (os pacientes) fazerem perguntas, liga para a família e garante que todos entendam o problema".
"Não é ganancioso, não me cobrou os impostos", respondeu a uma pergunta do advogado de Murray, Ed Chernoff, na Suprema Corte de Los Angeles, onde está sendo realizado o julgamento do médico.
Jackson morreu em 25 de junho de 2009 de uma overdose de propofol, um anestésico que o cantor usava como sonífero. Murray, seu médico pessoal, reconheceu ter injetado o medicamento na manhã da morte do popstar.
Enquanto os advogados de Murray querem demonstrar que o "rei do pop" era viciado em propofol e que administrou em si mesmo a overdose fatal, a promotoria afirma que o médico cometeu "graves negligências" ao ceder aos pedidos do cantor estimulado por um salário de 150.000 dólares mensais.
No entanto, o depoimento de Causey, em quem Murray realizou uma cirurgia cardíaca, serviu também à causa da promotoria.
"Seu tratamento tinha alguma coisa a ver com problemas de sono?", perguntou o promotor David Walgren. "Não", disse a testemunha. "Tinha alguma coisa a ver com dependência de medicamentos?", perguntou o advogado. "Não".
Walgren também fez os ex-pacientes - tanto Causey como os outro quatro que prestaram depoimentos nesta quarta-feira - afirmarem que os procedimentos aos quais foram submetidos ocorreram em uma sala de cirurgias, com equipamento médico e o controle de monitores, diferentemente do que ocorreu no quarto de Jackson.
Lunette Sampson, que sofreu três ataques cardíacos por um problema arterial em uma perna, afirmou que Murray "não é ganancioso nem doente por dinheiro: se preocupa com os pacientes e quando alguém não tem dinheiro para pagar os medicamentos, ele ajuda".
Ruby Mosley praticamente gritou na sala: "não!", quando Chernoff perguntou se Murray era ganancioso.
"Se este homem fosse ganancioso, ele nunca teria atendido em nossa comunidade (em Houston, no Texas), onde 75% são pobres e vivem com o seguro social, ganhando menos dinheiro do que ganhava em Las Vegas".
Ao terminar a sessão, o juiz Michael Pastor se dirigiu pela primeira vez diretamente a Murray.
"Se você quiser depor, vai depor apesar de terem aconselhado que não o fizesse. Se escolher depor, estará sujeito a interrogatórios cruzados. Mas também tem direito a não dar seu depoimento", disse o juiz. "É uma decisão sua e de mais ninguém".
Fonte: AFP
Gerry Causey, que se definiu como "melhor amigo e paciente" de Murray, disse que o médico "oferece seu tempo, deixa (os pacientes) fazerem perguntas, liga para a família e garante que todos entendam o problema".
"Não é ganancioso, não me cobrou os impostos", respondeu a uma pergunta do advogado de Murray, Ed Chernoff, na Suprema Corte de Los Angeles, onde está sendo realizado o julgamento do médico.
Jackson morreu em 25 de junho de 2009 de uma overdose de propofol, um anestésico que o cantor usava como sonífero. Murray, seu médico pessoal, reconheceu ter injetado o medicamento na manhã da morte do popstar.
Enquanto os advogados de Murray querem demonstrar que o "rei do pop" era viciado em propofol e que administrou em si mesmo a overdose fatal, a promotoria afirma que o médico cometeu "graves negligências" ao ceder aos pedidos do cantor estimulado por um salário de 150.000 dólares mensais.
No entanto, o depoimento de Causey, em quem Murray realizou uma cirurgia cardíaca, serviu também à causa da promotoria.
"Seu tratamento tinha alguma coisa a ver com problemas de sono?", perguntou o promotor David Walgren. "Não", disse a testemunha. "Tinha alguma coisa a ver com dependência de medicamentos?", perguntou o advogado. "Não".
Walgren também fez os ex-pacientes - tanto Causey como os outro quatro que prestaram depoimentos nesta quarta-feira - afirmarem que os procedimentos aos quais foram submetidos ocorreram em uma sala de cirurgias, com equipamento médico e o controle de monitores, diferentemente do que ocorreu no quarto de Jackson.
Lunette Sampson, que sofreu três ataques cardíacos por um problema arterial em uma perna, afirmou que Murray "não é ganancioso nem doente por dinheiro: se preocupa com os pacientes e quando alguém não tem dinheiro para pagar os medicamentos, ele ajuda".
Ruby Mosley praticamente gritou na sala: "não!", quando Chernoff perguntou se Murray era ganancioso.
"Se este homem fosse ganancioso, ele nunca teria atendido em nossa comunidade (em Houston, no Texas), onde 75% são pobres e vivem com o seguro social, ganhando menos dinheiro do que ganhava em Las Vegas".
Ao terminar a sessão, o juiz Michael Pastor se dirigiu pela primeira vez diretamente a Murray.
"Se você quiser depor, vai depor apesar de terem aconselhado que não o fizesse. Se escolher depor, estará sujeito a interrogatórios cruzados. Mas também tem direito a não dar seu depoimento", disse o juiz. "É uma decisão sua e de mais ninguém".
Fonte: AFP