Fonte: Correio da Manhã
Acusação encerra caso contra Conrad Murray
Médico quer provar que cardiologista não cumpriu procedimentos de segurança
Acusação encerra caso contra Conrad Murray
O médico anestesista Steven Shafer, a última testemunha de acusação a ser chamada a depor no julgamento de Conrad Murray, cardiologista acusado da morte de Michael Jackson por overdose de propofol, diz que o réu ignorou por completo os procedimentos de segurança no uso daquela droga anestésica, que no seu entender nunca poderia ser administrada em casa, mas apenas no hospital, com equipamento especial.
O julgamento, que foi retomado esta quarta-feira depois de cinco dias de pausa, incluiu a exibição de um vídeo que ilustra, passo a passo, todos os procedimentos necessários ao bom uso do propofol. Segundo Shafer, há demasiado alarme público em torno da droga.
“Todos os dias me perguntam na sala de operações se eu vou usar a droga que matou o Michael Jackson. E este é um sentimento de medo que os pacientes não deviam ter”, disse o anestesista.
O vídeo foi visionado previamente pelo juiz Michael Pastor, que considerou que algumas partes não deviam ser vistas pelo júri, nomeadamente aquela em que se dramatiza o que aconteceria a um paciente se o seu coração parasse durante a anestesia.
A defesa começará a apresentar as suas testemunhas na próxima sexta-feira: os advogados de Conrad Murray têm 15 testemunhas, incluindo Randy Phillips, director da promotora AEG Live, que estava encarregue de dirigir os concertos de regresso de Michael Jackson.