Fonte: Globo.com/Ego
Entrevista com Conrad Murray, condenado pela morte do cantor, vai ao ar nos EUA nesta quinta-feira, 10
Conrad Murray em entrevista ao programa "Today". (Foto: Divulgação/NBC)
Uso de propofol em casa
Parcela de culpa
Entrevista com Conrad Murray, condenado pela morte do cantor, vai ao ar nos EUA nesta quinta-feira, 10
Conrad Murray em entrevista ao programa "Today". (Foto: Divulgação/NBC)
Conrad Murray falou pela primeira vez sobre a morte de Michael Jackson ao programa "Today" do canal americano NBC. O médico, que foi condenado por homicídio culposo- quando não há intenção de matar, disse que não acha que foi negligente durante os cuidados com o cantor: "Eu não estava distraído. Mas quando eu vejo um homem que todas as noites não conseguia dormir, que estava desesperado de sono e que finalmente está dormindo, eu vou sentar perto dele, acariciar seu pé ou fazer qualquer coisa que possa acordá-lo? Não".
Ele também admitiu ter deixado o quarto enquanto Jackson dormia e disse que não podia vê-lo: "Pensei que se ele levantasse e me chamasse, eu o ouviria". "Ele não estava em uma infusão que o faria parar de respirar. Por isso que eles falavam que eu não deveria monitorar ele naquele momento, não havia necessidade", continuou.
Murray tentou explicar por que não ligou para a emergência e nem pediu que o mesmo fosse feito por um dos seguranças da casa do cantor: "Ninguém está autorizado a subir, exceto o Sr.Jackson. Seus seguranças não tem autorização para entrar na casa. 'Ligue para o 911' ainda exigiria que o segurança retornasse minha ligação. Eu acho que ele não faria isso e eu não ia dar uma explicação completa pelo telefone".
Para ele, avisar os paramédicos sobre o uso de propofol também não era importante: "Vinte e cinco miligramas e já sem efeitos. Não significa nada...não fez diferença. Não era um problema".
Ele também admitiu ter deixado o quarto enquanto Jackson dormia e disse que não podia vê-lo: "Pensei que se ele levantasse e me chamasse, eu o ouviria". "Ele não estava em uma infusão que o faria parar de respirar. Por isso que eles falavam que eu não deveria monitorar ele naquele momento, não havia necessidade", continuou.
Murray tentou explicar por que não ligou para a emergência e nem pediu que o mesmo fosse feito por um dos seguranças da casa do cantor: "Ninguém está autorizado a subir, exceto o Sr.Jackson. Seus seguranças não tem autorização para entrar na casa. 'Ligue para o 911' ainda exigiria que o segurança retornasse minha ligação. Eu acho que ele não faria isso e eu não ia dar uma explicação completa pelo telefone".
Para ele, avisar os paramédicos sobre o uso de propofol também não era importante: "Vinte e cinco miligramas e já sem efeitos. Não significa nada...não fez diferença. Não era um problema".
Uso de propofol em casa
"Propofol não é recomendado para ser usado em casa, mas não é contra-indicado. Minha situação com o Michael não era de dar o remédio a ele, mas de tentar encontrar um metódo de tirar dele algo que ele não deveria usar por conta própria", disse. Murray também mostrou que duvidada se estava agindo da maneira correta: "Eu deveria ter me afastado. Porém, se tivesse feito isso, teria abandonado um amigo".
Três dias antes de morrer, Michael Jackson não estava mais usando propofol: "Vou te dizer uma coisa: três dias antes da morte acontecer, ele estava sem usar o remédio e eu fui bem-sucedido. Eu estava muito feliz porque finalmente atingi o estágio que queria: Michael longe do propofol".
Três dias antes de morrer, Michael Jackson não estava mais usando propofol: "Vou te dizer uma coisa: três dias antes da morte acontecer, ele estava sem usar o remédio e eu fui bem-sucedido. Eu estava muito feliz porque finalmente atingi o estágio que queria: Michael longe do propofol".
Parcela de culpa
Perguntado se achava que parte da culpa sobre a morte do cantor era dele, o médico concordou discretamente com "Ãhã" e emendou sua defesa: "Bem, não tinha como prever esta situação". "Não tinha?", questinou a repórter Savannah Guthrie. "Não. Se eu soubesse o que eu sei hoje, que o Sr. Jackson era um viciado e se ele tivesse compartilhado essa informação comigo, eu talvez considerasse. Ele era um homem desesperado para dormir".
A entrevista, gravada antes da condenação do médico, vai ao ar em duas parte nos EUA nesta quinta-feira,10, e na sexta, 11.
A entrevista, gravada antes da condenação do médico, vai ao ar em duas parte nos EUA nesta quinta-feira,10, e na sexta, 11.